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COMPORTAMENTO

BEM VINDO AO MUNDO DA ETIQUETA

                                                                                                     Por Djalma Andrade

Algumas situações me motivaram a escrever esse pequeno artigo, dentre elas uma merece destaque: uma senhora que fora ridicularizada, à mesa de um restaurante, por sua patroa.

Então, durante dois anos de minha vida, tive aulas de etiqueta; talvez isso me habilite a dar alguns passos dentro desse campo. Durante esse período de estudo, a primeira coisa que descobri é que o problema não está em quem não entende de etiqueta, mas em quem acha ser um Dr.(a) nessa esfera. Tal legado, geralmente se inclina às classes sociais mais “elevadas”, como se riqueza fosse sinônimo de etiqueta. Mas essa é uma questão que se arrasta desde lá... do Brasil colônia: o nobre colonizador sabe o que está certo, e o pobre colonizado entende que está errado. Ponto final! Esse é o diálogo.

Tal diálogo sobreviveu, está aí... vivo como nunca. E se expressa nos olhares, nas atitudes, gestos e justificativas. O ser humano sempre foi o animal mais medíocre que já existiu; sempre fugiu das responsabilidades de sua conduta: em nome de Deus assassinou, arruinou povos, exterminou culturas.

O bicho Homem quando quer atacar, sempre age em nome de... a isso, o filósofo Jean Paul Sartre deu o nome de “princípio da má fé”. Na verdade, o bicho humano é o único animal que se torna forte naquilo que tem de mais fraco.

Na maioria dos discursos sobre etiqueta, quase nada há de verdade. Tudo o que temos são falas de imposição. São pessoas que buscam impor seus valores, costumes e verdades em nome da etiqueta, mas esta é simplesmente um apoio, no qual muitos preconceitos são disfarçados.

A etiqueta não surgiu para complicar, e sim para facilitar. A regra é geral e clara: “o importante é que você se sinta bem, o homem não é para a etiqueta e, sim, ela para o homem”. Mas como se sentir bem frente aos olhares colonizadores e civilizados? A pergunta é boa. Boa também é a definição que a antropologia dá ao termo civilizado: sem raízes. É de se saber que tais pessoas nada possuem senão uma vasta pobreza de espírito. Sem raízes, buscam apoio em situações que lhes fazem pensar que pertencem a uma classe iluminada, uma espécie de mundo ideal; mas que, na verdade, não passa de uma mera caverna... caverna de Platão!

Essas pessoas falam e agem em nome de... (etiqueta), mas não entende nada sobre isso. Se entendessem, não corrigiam ninguém em público, pois; para a etiqueta, corrigir alguém em público é tão falta de etiqueta quanto bufar ou arrotar em público. O meu nariz se mudou para os olhos: essas coisas fedem...

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