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 FAMÍLIA
O QUE HÁ POR TRÁS DE UMA PALMADA?

                                                                                                                        Por Djalma Andade

Por muito tempo, e é claro que não se deu por encerrado, discute-se sobre a proibição das famosas palmadas no bumbum da criança. Isso foi tema de redação nos vestibulares; rendeu debates e uma louvável audiência à mídia, de modo geral. A discussão girava e gira em torno de uma única pergunta: a palmada traumatiza ou não traumatiza a criança? Especialistas no assunto foram chamados e, até ao vivo, em programas de televisão, expuseram suas teorias sobre a questão.

Entendo que tudo que foi e é falado sobre isso, é tão rasteiro quanto à visão de quem falou ou fala. Chega ser hilário (prá não fazer uso de outros termos), presenciar um “especialista” aplicar seu conteúdo nas primeiras camadas do real. Falar se eventuais palmadas no bumbum traumatizam ou não, é bobage...m indigna de classificação.

Busco compreender que o “x” da questão não está nisso. Ele surge em uma pergunta centra, a qual, portanto, pretendo fazer e, em seguida, responder: o que leva o Estado interferir na ação (educação) dos pais em relação aos filhos? O que isso significa? Significa dizer que a Instituição família está falida. Significa dizer que por trás de um pode ou não pode dar palmadas, há uma ação do Estado que tem por escopo atender a um pedido de socorro: a autonomia que tinham os pais, na educação dos filhos, desceu na enxurrada de valores que se tornaram fluidos.   

 

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